São Tomé, um dos 12 apóstolos de Jesus, foi um pescador judeu nascido na Galileia. Seu primeiro encontro com Jesus se deu nas margens do rio Tiberíades, quando o Mestre sugeriu que os futuros apóstolos jogassem as redes do lado direito da barca em que estavam e, ao fazerem, conseguiram pescaram grande quantidade de peixes (João 21: 2-6).
O Santo acompanhou Jesus durante os 3 anos de sua vida pública e, após sua morte, Tomé estava entre os apóstolos que receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes e acredita-se que depois saiu para pregar o Evangelho na Índia, onde foi perseguido e morto a mando do rei Milapura, na cidade de Madras. Historiadores acreditam que o apóstolo foi morto à flechadas.
Apesar de ter sido tão importante missionário, São Tomé foi o apóstolo que duvidou quando os outros disseram terem visto Jesus ressuscitado, alegando que queria ver a marca dos pregos nas mãos de Jesus, tocá-lo e colocar sua mão no lado Dele para, só então, acreditar. Sendo assim, em outra ocasião que estavam reunidos e Tomé estava com eles, Jesus entrou, ficou no meio e disse a Tomé: “Estenda aqui o seu dedo e veja as minhas mãos. Estenda a sua mão e toque o meu lado. Não seja incrédulo, mas tenha fé”. Tomé respondeu a Jesus: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus disse: “Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditam sem ter visto.”
O Santo morreu no dia 21 de dezembro do ano 72 e sua data era celebrada no dia de seu falecimento. Entretanto, o dia de São Tomé é festejado pelos católicos em 3 de julho, desde 1925. Esta mudança ocorreu de forma a acomodar o Dia de São Pedro Canísio em 21 de dezembro.
São Tomé é considerado o padroeiro dos pedreiros, dos arquitetos e dos cegos.
Suas relíquias foram veneradas na Síria e depois levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália.
Além disso, no ano de 2004 um fato mexeu com toda a região da Síria. Em dezembro deste ano, um terrível tsunami a devastou totalmente. Porém, a Igreja de São Tomé onde se conversam suas relíquias, ficou intacta. Uma tradição local conta que São Tomé fincou um poste em frente ao local onde fica a igreja, afirmando que as águas do mar jamais ultrapassariam aquela marca. O poste se conserva até hoje e fica em frente do local onde, mais tarde, construiu-se a igreja dedicada a ele. Por causa disso, alguns sacerdotes hindus da região decidiram não mais perseguir os cristãos do local.
São Tomé, rogai por nós!
Por Marina Silva Ferreira