Dízimo: sinal de gratidão

Crédito: MDC4/Diocese de Jundiaí

“A decisão de contribuir com o dízimo nasce de um coração agradecido por ter encontrado o Deus da vida e experimentado a beleza de sua presença amorosa no
dia a dia” (Doc. 106 da CNBB).

No mês de novembro a Diocese vivenciou a Campanha Missionária de Conscientização do Dízimo e teve como tema: “Dízimo: sinal de gratidão, ato de fé”. Durante os próximos meses traremos alguns artigos que ajudará a preparar o coração para este grande momento.
O Salmista proclama: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o orbe da terra e os que nele habitam” (Sl 24,1). Deus é o Senhor de tudo o que existe, através de sua Palavra, realizou a criação e a entregou ao homem: sua obra prima.
A Sagrada Escritura ensina-nos que o ato de entregar o dízimo a Deus, é a manifestação concreta do reconhecimento que tudo provém dele: “A ti, Senhor, a grandeza e o poder, o esplendor, o fulgor e a majestade. Tudo no céu e na terra é teu. Tua é a realeza Senhor, tu te elevas como cabeça acima de tudo. Ora, quem sou eu e quem é meu povo, para sermos capazes de fazer tal livre doação? Foi porque tudo vem de ti e nós te damos o que vem de tua mão” (1 Cr 29, 11.14).
Testemunha-nos este reconhecimento e gratidão a Deus, por meio do dízimo, o Patriarca Abraão, quando volta vitorioso do combate contra Codorlaomor e Jacó quando fez a promessa de dar o dízimo a Deus, se voltasse em paz em à sua Casa. Os Patriarcas entregaram o seu dízimo espontaneamente e por gratidão ao Senhor.
Já o Novo Testamento apresenta-nos que a experiência de encontro com Jesus, de muitos homens e mulheres, leva-os, com generosidade a partilhar os bens com a Comunidade, partilha esta, como expressão do amor a Cristo e aos irmãos.
Os Bispos do Brasil nos dizem que o dízimo “nasce de uma consciência bem formada e alimentada pelo Evangelho da gratuidade” (Doc. 106 da CNBB, n. 41) e a Sagrada Escritura ajuda-nos a “perceber que a consciência do dízimo parte do reconhecimento a Deus e da gratidão a ele” (Doc. 106 da CNBB, n. 25). Lembram-nos ainda os Bispos que “a entrega do dízimo não pode estar isenta de seu mais precioso significado, que é interior: ‘conforme tiver decidido em seu coração’ (2 Cor 9,7). Esse significado se baseia em um princípio mais profundo ainda: a alegria de sentir-se amado por Deus e de poder agradecer a ele, reconhecendo que seu amor por seu povo é eterno (Jr 31,3; Mt 5,23-26)”.
Mais do que uma colaboração, é um gesto de amor, partilha e gratidão a Deus por tudo aquilo que Ele nos dá, gratidão esta, manifestada na oferta de uma parcela de nossos bens. Ele nos educa para a gratidão e para a generosidade, abrindo os horizontes de nossa mente, abrindo o nosso coração e nossas mãos.
A contribuição do dízimo permite-nos fazer a experiência de ser amado por Deus manifestando em nosso gesto a gratidão pela abundância da sua graça em nossa vida. Esta é a nossa resposta livre e amorosa ao Deus que tudo nos oferece.
O dízimo é sinal e termômetro do amor e da nossa ação de graças a Deus, pois “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor 9,7). É nosso dever agradecer a Deus, porém nosso agradecimento, não deve ser só por palavras, mas vivido e manifestado na vida da comunidade de maneira muito concreta.
Que o Senhor da vida nos ajude a cada vez mais crescermos na experiência dizimal, fazendo de nossa vida uma oferta agradável a Deus.

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