CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2021 – “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor”

Crédito: CNBB

Sobre a Campanha da Fraternidade 2021
A Comissão da Campanha da Fraternidade Ecumênica escolheu, no dia 7 de janeiro de 2020, o tema e o lema da Campanha. O tema escolhido foi “Fraternidade e Diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef. 2.14).
Nos meses seguintes, por meio de concursos, foram escolhidos o Cartaz da CFE, bem como o Hino.

A Comissão da CFE

A Comissão da CFE 2021 é formada por representantes das igrejas-membro do CONIC, além da Igreja Betesda de São Paulo, como igreja observadora, e o Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e à Educação Popular (Ceseep), como membro fraterno.

Objetivo geral da CFE 2021

Através do diálogo amoroso e do testemunho da unidade na diversidade, inspirados e inspiradas no amor de Cristo, convidar comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual.

Objetivos específicos

  1. Denunciar as violências contra pessoas, povos e a Criação, em especial, as que usam o nome de Jesus;
  2. Encorajar a justiça para a restauração da dignidade das pessoas, para a superação de conflitos e para alcançar a reconciliação social;
  3. Animar o engajamento em ações concretas de amor à pessoa próxima;
  4. Promover a conversão para a cultura do amor em lugar da cultura do ódio;
  5. Fortalecer e celebrar a convivência ecumênica e inter-religiosa.

EDIÇÕES ANTERIORES

A Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) tem sido realizada, em média, a cada cinco anos. A iniciativa congrega diversas denominações cristãs, sempre de forma ecumênica, valorizando o que cada Igreja tem de bom.
A primeira CFE foi organizada no ano 2000, e teve como tema “Dignidade humana e paz”, e o lema escolhido foi: “Novo milênio sem exclusões”.
A segunda edição, em 2005 , falou sobre “Solidariedade e paz”, com o lema: “Felizes os que promovem a paz”.
Em 2010, o tema versou sobre “Economia e Vida”, com o lema “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro”.
A reflexão da CFE 2016 surgiu a partir de um problema que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico.

Sobre a Campanha da Fraternidade

A Campanha da Fraternidade nasceu por iniciativa de Dom Eugênio de Araújo Sales, em Nísia Floresta, Arquidiocese de Natal, RN, como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus.
Assumida pelas Igrejas Particulares da Igreja no Brasil, a Campanha da Fraternidade tornou-se expressão de comunhão, conversão e partilha. Comunhão na busca de construir uma verdadeira fraternidade; conversão na tentativa de deixar-se transformar pela vida fecundada pelo Evangelho; partilha como visibilização do Reino de Deus que recorda a ação da fé, o esforço do amor, a constância na esperança em Cristo Jesus (Cf. 1Ts 1,3).
A Campanha da Fraternidade tem hoje os seguintes objetivos permanentes:
1 – Despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum;
2 – Educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho;
3 – Renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja)”.
A coleta da Campanha realizada como um dos gestos concretos de conversão quaresmal tem realizado um bem imenso no cuidado para com os pobres.
Ao percorrermos o itinerário da Campanha que nossos irmãos nos prepararam, possamos continuar seguindo Cristo, caminho, verdade e vida (Cf. Jo 14,6).

VIVENCIAR A CFE 2021 NOS PASSOS DOS DISCÍPULOS DE EMAÚS

No caminho rumo à Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2021, a passagem dos discípulos de Emaús (Lc 24,13-35) é apresentada como “pano de fundo” das reflexões contidas no texto base. Durante o Seminário Nacional da CFE 2021, o subsecretário adjunto de Pastoral e assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Marcus Barbosa Guimarães, apresentou um “olhar pastoral” do texto dos discípulos de Emaús, relacionando com as reflexões da campanha.
Em 2021, a quinta CFE terá como tema “Fraternidade e diálogo: compromisso de amor” e o lema “Cristo é a nossa paz: do que era dividido, fez uma unidade” (Ef. 2.14).
O convite dessa campanha, de acordo com padre Marcus, “é educar para o diálogo”. E é por meio dele e do testemunho da unidade na diversidade, “inspirados e inspiradas no amor de Cristo”, que a CFE 2021 quer “convidar comunidades de fé e pessoas de boa vontade para pensar, avaliar e identificar caminhos para a superação das polarizações e das violências que marcam o mundo atual”.
O caminho de Emaús
Assim como após a ressurreição Jesus caminha com os discípulos que retornam a Emaús, o Senhor “entra na nossa caminhada para abrir os nossos olhos, ensinar o diálogo, para nos animar na missão”, relaciona padre Marcus.
Nessa passagem, há um processo em três momentos, refletidos na metodologia ver, julgar e agir aplicada no texto-base da CFE 2021.
O processo de Emaús
“No primeiro momento, o ver, olhar a vida, e ver muitas vezes as escolhas que nós temos feito que não são escolhas de verdadeiros caminhos de fraternidade , mas são atalhos, são desvios de falta de comunhão, de falta de solidariedade, de rupturas entre nós”, contextualiza o padre.
É necessário, segundo Barbosa, “descobrir os projetos de vida que estamos desviando, também como Igrejas, e estão sendo desviados na nossa sociedade”.
Na parte do julgar, a CFE apresenta o convite a voltar-se a Jesus Cristo: “ouvir a palavra, escutar, dialogar, partilhar, como no processo dos discípulos de Emaús”.
Por fim, o chamado a envolver-se na missão, com palavras e, principalmente, com ações concretas. “É o momento do agir. É o terceiro capítulo do texto-base que, no processo dos discípulos de Emaús, a destinação é a missão”, indica padre Marcus.
Assim como os discípulos, “o coração arde, os olhos se abrem e o ardor, que agora reinicia na vida desses discípulos a paixão pela causa do Reino, o anúncio do Evangelho, a dimensão profunda da fraternidade”.
Assim como em Emaús, é no caminho que a experiência do diálogo gera fraternidade.
“Somente pelo diálogo, nos recorda essa Campanha da Fraternidade, nós conseguiremos ir profundamente nas questões da vida. A pedagogia do diálogo gera esperança, constrói pontes, sempre no caminho, porque é um processo. Também nós que estamos na caminhada somos aprendizes do diálogo que gera esperança, e por ele se constroem pontes, se derrubam muros”, afirmou padre Marcus Barbosa.

Vídeo aula 01

Vídeo aula 02

Hino da CF 2021

 

 

 

 

 

 

 

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